Água para beber, plantar e educar
Além da garantia de que as crianças não deixem de ter aulas nos períodos de estiagem, o programa também representa uma possibilidade de usar a água das cisternas como instrumento pedagógico, para a produção de hortas e frutas para enriquecimento da merenda escolar e ainda para a oportunidade de dialogar com gestores, educadores e comunidades sobre educação contextualizada.
Em Alagoas o projeto piloto atenderá 07 escolas nos municípios de Arapiraca, Delmiro Gouveia, Girau do Ponciano, Mata Grande, Igaci, Pariconha e Traipú e vem sendo executado pela Associação de Agricultores Alternativos (AAGRA) e pela Cooperativa de Pequenos Produtores de Bancos Comunitários de Sementes (COPPABACS). Em alguns desses municípios a cisterna já está pronta e já foi realizado todo o processo de mobilização e capacitação, que envolve gestores municipais, educadores e comunidade escolar onde são implantadas as cisternas.
Depois de quase um ano de mobilizações, reuniram-se professores, gestores das escolas, representantes municipais da ASA, representantes de pais e a Coordenação estadual da ASA Alagoas para avaliar impactos, desafios e estratégias para a continuidade deste programa no estado.
O encontro aconteceu na cidade de Arapiraca, entre os dias 30 e 31 de março e, além dos atores envolvidos diretamente com o programa no estado, contou ainda com a participação de uma representação da Assessoria nacional do programa e a apresentação da experiência de três das escolas que estão executando o programa.
Na oportunidade foram apontadas dificuldades como o diálogo com os gestores municipais, a inserção de outras secretarias que não as de educação neste processo de mobilização e construção, a comunicação do programa dentro dos municípios e o envolvimento de professores em espaços de formação e educação contextualizada.
Por outro lado, foram sinalizadas conquistas como a disponibilidade dos professores nos momentos de mobilização e formação, o interesse de pais e alunos tanto nos momentos de formação quanto para a organização da contrapartida da comunidade e a contrapartida dos municípios, principalmente em relação a construção das obras.
Outra grande conquista percebida é que muitos educadores já entendem a cisterna como um instrumento importante para a educação das crianças. “A maior intenção é que a cisterna venha como um instrumento pedagógico de educação contextualizada”, reforça Maria Helena, educadora do município de Igaci.
Diante dos encaminhamentos, o primeiro encontro envolvendo este grupo de educadores na RECASA ficou agendado para os dias 12 e 13 de Maio em Arapiraca, onde será discutida a proposta de formação para todo o ano de 2011.
Regimere Santos de Melo
Comunicadora Popular/ UGT CACTUS
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