Enquanto a Articulação no Semiárido
(ASA) reivindica os recursos previstos para a continuidade de suas
ações, o governo federal vai investir R$ 1,5 bilhão na instalação de 300
mil cisternas de plástico. O valor gasto pelo governo corresponde a
mais que o dobro do que a ASA gastou para construir 371 mil cisternas de
placas no Semiárido.
Cada
cisterna de plástico custa aos cofres públicos R$ 5 mil, segundo
informou ontem (14) o Ministério da Integração Nacional numa reunião com
representantes da ASA, em Brasília. A cisterna de placa custa R$
2.080,00. No Programa Água para Todos, além das 300 mil cisternas de
plásticos, serão construídas 450 mil de placa.
Outro
fator que tem grande importância neste comparativo é o volume de
recursos que são movimentados na economia local quando as cisternas são
construídas. Para cada dez mil cisternas de placas feitas, são injetados
na economia local R$ 20 milhões, através de compra de matéria-prima na
região, contratação de pedreiros das comunidades e impostos. Já as
cisternas de plástico serão fabricadas por indústrias e entregues nas
comunidades rurais por empreiteiras.
A Articulação no Semi-árido (ASA), que reúne mais de mil organizações da sociedade civil que atuam na região, tem encabeçado uma campanha contra as cisternas de plástico. Além de economicamente inviável, a ASA aponta outros fatores negativos em relação à distribuição desse equipamento que já vem pronto para as famílias. Um deles diz respeito ao não domínio da técnica de construção pelas famílias e pedreiros da região.
A Articulação no Semi-árido (ASA), que reúne mais de mil organizações da sociedade civil que atuam na região, tem encabeçado uma campanha contra as cisternas de plástico. Além de economicamente inviável, a ASA aponta outros fatores negativos em relação à distribuição desse equipamento que já vem pronto para as famílias. Um deles diz respeito ao não domínio da técnica de construção pelas famílias e pedreiros da região.
Para a sociedade civil, a disseminação ds cisternas de plástico é uma nova forma de atuação da “indústria da seca”, cujas obras são feitas sob a alegação de “combater a seca” que sempre beneficiaram poucos, mantendo o poder das elites dominantes.
Sobre a ASA
Através
do Programa Um Milhão de Cisternas (P1MC), a ASA construiu mais de 371
mil cisternas, beneficiando mais de dois milhões de pessoas. Juntas,
todas estas cisternas acumulam um volume de 1,8 milhão de litros de água
potável ao lado de casa. O P1MC atua em 1.076 dos 1.133 municípios do
Semiárido brasileiro. As cisternas de placas construídas pela ASA são
feitas de placas de cimento e têm capacidade para armazenar 16 mil
litros de água. Uma tecnologia simples, barata, e de domínio das
famílias agricultoras.
Verônica Pragana
Assessoria de Comunicação da ASA – Asacom
Assessoria de Comunicação da ASA – Asacom
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