quarta-feira, 19 de junho de 2013

Qualidade das Implementações

Intercâmbio entre UGTs busca melhorar a aplicação das tecnologias

Mais um momento de construção coletiva do saber e das tecnologias marcou a implantação do Programa Uma Terra e Duas Águas, enquanto uma estratégia de fortalecimento das organizações e das comunidades na busca por um semiárido de convivência. Desta vez, o programa possibilitou o intercâmbio entre animadores dos estados de Alagoas, Ceará e Sergipe, que se reuniram em Alagoas para melhor compreender a lógica de implantação e uso das barraginhas.

A necessidade de aprofundar a discussão sobre esta tecnologia partiu dos debates iniciados na oficina sobre qualidade das implementações, que envolveu todas as unidades gestoras do programa, ocorrido nos dias 07 e 08 de maio, no Ceará e provocou a discussão da produção de alimentos a partir desta tecnologia.

O momento proporcionou aos técnicos das UGTs CACTUS e COPPABACS, de Alagoas e AMASE, de Sergipe, sendo as duas últimas novas no programa, conhecer melhor a tecnologia a partir das experiências compartilhadas pelo facilitador do momento, Luis Eduardo, da UGT CETRA, do Ceará.

Inicialmente, os 15 participantes debateram seus conceitos e percepções sobre as barraginhas e depois partiram a campo para seleção do local, marcação e escavação. O debate inicial se deu, principalmente, em relação à cultura das famílias que, na maior parte, não percebe esta tecnologia como potencial para produção de alimentos.
No campo, a barraginha foi construída no Sítio Sabalangá, Município de Monteirópolis, na propriedade de dona Elizabete Alves e seu Ailton Pastor. A família, que já cultiva algumas fruteiras, se mostrou muito feliz pela conquista. Eles participaram da escolha do local e contam que, por conta da pouca quantidade de terra, ficaram um pouco apreensivos ao saber que seriam construídas duas em vez de uma barragem. Contudo, perceberam que desta forma, terão mais água e um espaço melhor para produzir, devido à contenção e infiltração da água.
Depois de uma das barraginhas construída, o grupo avaliou a prática e o avanço melhor percebido, além da participação da família, foi a possibilidade que esta terá para ampliar a produção. Já enquanto desafio, o grupo percebeu o pouco espaço de terra que a família disponibiliza para produzir. O grupo avaliou ainda o encontro como um espaço muito construtivo e importante para a qualificação na implementação desta tecnologia. 


 Regimere Melo
Comunicadora Popular / CACTUS

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