segunda-feira, 31 de outubro de 2016

Resultados do EneASA em Alagoas


No 15º EneASA (Encontro Estadual da ASA Alagoas), que aconteceu no período de 26 a 28 de outubro no Centro de Formação Pio XII em Palmeira dos Índios-AL, os agricultores e agricultoras camponesa participaram de intercâmbios, oficinas sobre educação contextualizada, comunicação como direito, organização das mulheres, gestão das águas, terra e território, agricultura camponesa. Em cada momento construído por eles eram relatados os benefícios conquistados com os Programas da Articulação Semiárido Brasileiro (ASA), e a ausência do Estado nas três esferas Municipal, Estadual e Federal em politicas publicas para convivência no Semiárido.
Políticas de acesso à água e a aterra, a sementes crioulas, a educação no campo, a assistência técnica, a inclusão produtiva. “Estou roendo o ouço e passando fome. Está sendo muito difícil viver no campo sem políticas públicas, principalmente nesse momento de estiagem prolongada. O governo vem cortando nossos direitos, e com a PEC 241 como vamos continuar vivendo no sertão”?, Questionou o agricultor Sebastião Damasceno, do Sítio Cabaceiro em Santana do Ipanema.
“Tenho 75 anos e nunca vi uma seca dessa não. Os passarinhos estão com fome e sede, as abelhas estão furando até as laranjas. Estou alimentando alguns passarinhos. Ainda bem que tenho a cisterna de beber e a de produzir da ASA, e ainda consegui fazer mais uma para beber. Se não, não sei como seria, porque a coisa tá muito difícil”, disse a agricultura Severina Ferreira de Lima da Serra Bonita em Palmeira dos Índios-AL.
Em roda de conversa eles apresentaram os avanços obtidos nos últimos anos, os desafios e as perspectivas. Para contribuir com a discussão coletiva o professor da Ufal, Cícero Albuquerque e Pricila do MPA (Movimento dos Pequenos Agricultores), realizaram a análise de conjuntura da agricultura camponesa no contexto estadual e nacional.

A cultura de um povo resistente

Nos espaços onde ocorreu o XV EneASA a decoração do ambiente com banner, faixas, as camisas, os objetos popular, as sementes, as mudas de plantas nativas, comidas representaram a cultura desse povo, que resiste e luta por um Semiárido Vivo.

Encaminhamentos
Como resultado do EneASA, em que os menos favorecidos tiveram direito a voz, a liberdade de expressão foi construído documentos que será encaminhado para IX EnconASA (Encontro Nacional da Articulação Semiárido Brasileiro). Outro documento apresentado é o abaixo assinado Por uma lei da Mídia Democrática do FNDC (Fórum Nacional pela Democratização da Comunicação).
Além desses, foram apresentados os participantes entre agricultores e agricultoras, comunicadores, técnico e assessora pedagógica que irá para o IX (EnconASA) em Mossoró/RN, que trará como tema: Povos e Territórios: Resistindo e Transformando o Semiárido, no período de 21 a 25 de novembro de 2016.
O IX EnconASA será o momento de aprofundamento do debate da importância do modelo de convivência e, ao mesmo tempo, visibilizar os impactos da atuação da ASA e das políticas públicas governamentais nestes territórios.

Eline Souza- Comunicadora popular CDECMA

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