“Levo para o intercâmbio a experiência de ser produtora
do combustível da vida que é o alimento, cultivado em um pequeno espaço
produtivo que pode ser identificado como quintal. Temos a produção de milho,
feijão de corda, macaxeira e verduras. Temos potencial na fruticultura, apesar
da seca dos últimos anos ter dado uma grande baixa na produção. Também, produzimos
vinho, doce e mudas de plantas”, disse a agricultora e integrante da Articulação
Semiárido Alagoano (ASA), Vera Lucia Félix Brito do Sítio Serra Bonita em
Palmeira dos Índios-AL.
A agricultora Vera Lucia participa do intercâmbio na
América Central com a delegação da ASA Brasil. No período de 23 a 24 o grupo
visita El Salvador e de 25 a 27 a Guatemala. Eles levam a experiência da
produção agroecológica e vão aprender como os campesinos e campesinas vivem na
região atingida pela seca.
Na matéria divulgada no site da Articulação Semiárido
Brasileiro pela ASAcom, no dia 19 de abril, com o título Intercâmbio entre quem cultiva alimentos em áreas secas do planeta é
mostrado o que motiva a realização de momentos tão importante na história da
ASA para compartilhar conhecimento e experiência.
“O intercâmbio contribui para o fortalecimento do
campesinato e a construção de uma identidade camponesa nas regiões secas”,
disse a agricultora Vera Lúcia.
O intercâmbio é promovido pela Organização das Nações
Unidas para Alimentação e Agricultura (FAO) e a Articulação Semiárido
Brasileiro (ASA), através do projeto Cooperação Sul-Sul para o manejo de recursos
naturais e produtivos em zonas áridas e semiáridas no Corredor Seco da América
Central.
O
lugar de produção
A agricultora vive em um sítio, onde os agricultores e
agricultoras dispõem de pouca terra para plantar, o acesso à água para beber e
cozinhar veio através do Programa da ASA e para produzir alimento utilizam água
de açudes e cisterna. “Graças às organizações que compõem a ASA nós
conquistamos a água de beber e cozinhar da AP1MC. Quanto à água de produção
apenas quatro famílias dispõem a cisterna calçadão. Para produzir usamos água
dos açudes, embora passe dentro da nossa comunidade uma encanação de água, mas
não podemos pegar”.
Uma mulher resistente, que muito tem contribuído para
produção de alimento e na luta por políticas públicas para o fortalecimento da
agricultura familiar. Vera Lúcia Félix de Brito representa com a delegação da
ASA a agricultura familiar do Semiárido Brasileiro que trabalha no
enfrentamento da pobreza e da fome.
Na foto tirada pela delegação, Vera Lúcia ocupa a segunda
posição à direita.
Eline Souza – Comunicadora popular
UG Cdecma
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