No dia 17 de junho comemora-se
o dia mundial de combate a desertificação, que é degradação da terra. No estado
de Alagoas, principalmente na região do Semiárido o processo de desertificação
vem aumentando, devido às ações naturais, que tem como fator agravante a
estiagem prolongada, e as ações humanas com uso de agrotóxico, substituição da
vegetação nativa por área de pasto, queimadas.
Essas e outras ações de
degradação, ao longo do tempo, vêm transformando as áreas de produção para
estágio grave e muito grave de desertificação.
Os municípios de Maravilha, Ouro Branco, Jaramataia, Minador do Negrão, Major
Izidor, Cacimbinhas, Mata Grande, Inhapi, Delmiro Gouveia, enfim, todos os municípios
que estão na região Semiárida apresentam áreas em processo de desertificação,
no entanto as ações que deveriam ser desenvolvidas nas três esferas de governo
Federal, Estadual e Municipal estão bem distantes de combater um mal que vem
crescendo.
É preocupante a fragilidade nas
politicas públicas para combater o avanço do processo de desertificação. Não
existe no Estado a lei de combate à desertificação, nem tão pouco é apresentado
às ações de implementação do Plano Estadual de Combate a Desertificação (PAE). Ações
sistematizadas em um planejamento de curto, médio e longo prazo.
O avanço da desertificação interfere
na produção de alimento, no êxodo rural, no aumento de preço dos produtos.
Ações
da ASA em combate a desertificação
A Articulação do Semiárido alagoano
vem desenvolvendo ações que contribuem para combater a desertificação em um trabalho
de formação de educação contextualizada junto a agricultores e agricultoras para
convivência no Semiárido. Associado a formação existe o Programa Uma Terra e
Duas Águas (P1+2), Programa de Sementes do Semiárido (PMAIS), Programa de
Cisterna nas Escolas, Programa Um Milhão de Cisternas e a Rede de Bancos Comunitários
de Sementes.
Esses trabalhos ainda são
pequenos diante do cenário da desertificação no Estado, por isso, é necessário
mais politicas publicas de convivência com o Semiarido dentro de um planejamento
sistêmico.
Não se combate a
desertificação com ações pontuais e sim contínuas para ajudar as famílias a
conviver no Semiárido.
Eline Souza /Cdecma
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