Alimentos de qualidade são produzidos ao redor de casa, mas
isso só é possível porque a família conquistou a cisterna enxurrada do Programa
Uma Terra e Duas Águas (P1+2) da Articulação Semiárido Brasileiro (ASA). Além
de conquistar a cisterna, a agricultora Marileide de Oliveira Lima, 55, que
vive no Sitia Jiquiri em Minador do Negrão-AL, participou de cursos de formação
e intercâmbio. O resultado desse processo é a produção de mais alimento na mesa
da família e diminuição do sofrimento para conseguir água na região.
“Somos felizes, porque temos água para beber e produzir
alimento. Aqui, eu e meu esposo plantamos cebolinha, cenoura, pimentão, couve,
coentro, abobora, alface, alho poró, tomate, rúcula, ervas medicinais, limão.
Antes da cisterna não tinha como produzir. Eu via esse pedaço de terra e era
abandonado. Agora é diferente, tem dia que me distraio tanto no quinta e esqueço
a casa. Quando quero comer macaxeira, feijão de corda é só ir buscar. Pra mim
isso é tudo”, disse a agricultora.
A estiagem continua, mas a família tem água nos
reservatórios e protege o que produz do forte calor do sol. Por isso, com estratégia,
esforço e alegria cultivam alimentos que antes precisavam comprar.
Viver no Semiárido é possível e plantando se colhe, mas é
necessário politicas públicas de convivência para o fortalecimento da
agricultura familiar.
Eline Souza – Comunicadora Popular/CDECMA
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